Este artigo tem como objetivo entender como hábitos educacionais desenvolvidos ao longo de dois anos, em decorrência do avanço da Covid-19 no mundo, tendem a se perpetuar no pós-pandemia e a se cristalizar como método de ensino em um futuro próximo.

Diz a lenda que repetir uma atividade um determinado número de vezes — da dieta perfeita à frequência ideal de exercícios físicos — seria suficiente para transformá-la em um hábito. Mas o que dizer de uma mudança radical de estilo de vida que já dura quase dois anos, desde o início da pandemia?

Não foram poucas, muito menos simples e suaves as alterações no jeito de viver, que somente agora parecem ter entrado de vez na rotina dos cariocas. Por isso, preparamos um artigo especial no qual analisamos algumas tendências na área da educação que os especialistas avaliam que terão vida longa:

Ensino a Distância (EAD)

Durante a pandemia, crianças de todas as idades se viram diante do computador por meses para aulas on-line, enquanto a Covid-19 avançava. Foi a maior experiência de ensino remoto que o país já teve. Para a consultora e doutora em educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) Andrea Ramal, esse período, porém, não deve ser confundido com Ensino a Distância (EAD):

— O ensino remoto foi algo improvisado. Basicamente, os professores gravavam aulas e as postavam nas salas virtuais. Alguns davam aula ao vivo, mas da mesma forma como se estivessem na escola. O EAD é um método diferenciado.

Ainda assim, o ensino remoto deve abrir alas para o EAD se consolidar no país, avalia Andrea Ramal. Ela acredita que há espaço para um modelo híbrido para todas as idades. Nele, criam-se situações para que o aluno faça pesquisas, tarefas e se envolva com o conteúdo de forma autônoma no ambiente virtual. A sala de aula física se torna um ambiente para tirar dúvidas e menos expositivo.

É necessário reduzir a desigualdade no acesso à internet

Para que esse modelo dê certo, porém, será necessário reduzir a desigualdade no acesso à internet, uma das promessas com a chegada da rede 5G.

Se você se interessa em saber mais sobre os impactos da pandemia na área da educação, então você não pode deixar de ler o artigo, Pandemia: educação brasileira passa por retrocesso, preparado pela educadora Andrea Ramal especialmente para você.