Crianças na escola. (Foto: Getty Images)

Fonte: Pais & FilhosAutora: Jennifer Detlinger

Este artigo é direcionado para todos os responsáveis por crianças e jovens em idade escolar que estão à procura da instituição de ensino adequada para matricular seus filhos. Nosso objetivo aqui é realizar um breve levantamento sobre os principais fatores que devem ser levados em consideração na hora de escolher a escola.

O processo de escolher a escola de nossos filhos não é simples, muito menos rápido, e nem deveria ser mesmo. É um momento de extrema importância e você precisa se dedicar a ele. O futuro do seu filho dependerá, em grande parte, da escola. Por isso, ela precisa reunir todos os requisitos que você acredita serem necessários. 

Neste período do ano, muitos pais procuram uma escola para os filhos, seja para a primeira matrícula ou porque desejam trocar de colégio. Para te ajudar nessa tarefa tão complexa, a educadora, escritora e doutora em educação pela PUC-Rio, Andrea Ramal, listou sete dicas de ouro para você ler antes de escolher a escola do seu filho. Olha só. 

Ensino de Qualidade

A maneira de apurar isso não é necessariamente pela posição de rankings. Outros aspectos contam, como a formação dos professores, um currículo diversificado — com atividades de artes, música, esportes, robótica, idiomas etc. —, ou o uso inteligente das tecnologias nas aulas. 

Vale conversar com outras famílias: os estudantes gostam das aulas e a didática é motivadora? O bom professor estimula que os alunos participem ativamente das aulas, com dinâmicas, apresentações e interações. 

Parceria entre escola e família

o acompanhamento da vida escolar é fundamental para garantir o melhor desempenho. Mas algumas escolas não orientam nem estimulam essa participação da família. É preciso conferir se, além das reuniões, o colégio mantém outros canais de comunicação com os pais, como palestras de orientação, convites para eventos, e-mails com informações, além de estar disponível para atender aos responsáveis sempre que necessário. 

Localização e segurança

Ficar perto de casa não pode ser o único critério, mas precisa contar, sobretudo nas grandes metrópoles. Se a escola ideal ficar do outro lado da cidade e o estudante levar horas para ir e voltar, isso significa mais estresse e cansaço, e menos energia para estudo e lazer. A escola também deveria ter cuidados com a segurança dos alunos, como controle do acesso de estranhos e processos para atendimento em casos de emergência. 

Ambiente acolhedor

Faça uma visita à instituição de ensino e verifique como é recebido e como parece ser o relacionamento entre as pessoas. Elas dão a impressão de se sentir em casa? A educação começa desde a porta de entrada. Os funcionários, como os recepcionistas ou zeladores, também têm uma função educadora. Boas escolas desenvolvem ambientes acolhedores, em que as pessoas se respeitam, são afáveis umas com as outras e resolvem os conflitos pelo diálogo.  

Espaço físico e instalações

A escola deve ter espaços adequados para a prática de atividades esportivas e o lazer. Salas de aula: precisam ser confortáveis, arejadas, com boa luminosidade e acústica adequada. É importante que o ambiente seja limpo e organizado garantindo o bem-estar de todos. Note se existem áreas para incentivar a leitura e como são os recursos de mídias e tecnologias. 

Tem que caber no bolso   

A escola dos sonhos pode ser particular e muito cara. Por isso, é preciso ser realista, equilibrando os critérios mencionados com o orçamento da família. Faça um planejamento, estime o investimento necessário para arcar com aproximadamente 15 anos de estudo (pré-escola, ensino fundamental e médio) e reserve os recursos para evitar contratempos. Lembre-se de que, além da mensalidade, há despesas com material, atividades extras, lanches e outros.

Particular ou Pública?

Por fim, leve em consideração que nem toda escola particular é necessariamente melhor do que a escola pública. Ao contrário, no Brasil há escolas públicas que não ficam devendo nada às da Finlândia e da Coreia do Sul. Só que são poucas e a disputa por vagas é enorme. Ou seja, praticamente não é possível escolher. Se seu filho estuda ou vai estudar numa escola pública, fique atento à nota da instituição no Ideb

Exija da direção que a escola se adapte, cada vez mais, aos critérios mencionados anteriormente. A forma de melhorar a educação brasileira não é simplesmente matriculando os filhos na escola particular, mas se envolvendo e fazendo pressão sobre os gestores para que a escola pública e gratuita tenha a qualidade que toda criança brasileira merece. 

Se você gostou das dicas da educadora Andrea Ramal, e deseja se aprofundar ainda mais no universo da educação, então confira o artigo “Pandemia: Educação brasileira passa por retrocesso”.