Fonte: O Globo. 30 de outubro de 2021.
Previsto em uma lei federal aprovada em 2017, o novo Ensino Médio começa a ser implementado nas escolas públicas e privadas de todo o país a partir do ano que vem. As alterações serão introduzidas gradualmente, começando pela 1ª série do segmento.
A principal mudança é que as disciplinas serão agrupadas por áreas de conhecimento, de maneira parecida com a que ocorre no Enem: linguagens e suas tecnologias; matemáticas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e ciências humanas e sociais aplicadas. Todas as disciplinas atuais serão mantidas no currículo, mas somente língua portuguesa e matemática constarão como obrigatórias nos três anos de Ensino Médio. Na última terça-feira, o Ministério da Educação (MEC) lançou uma formação específica para professores do Ensino Médio a fim de prepará-los para a mudança.
O que muda com o novo Ensino Médio
Andrea Ramal, doutora em Educação pela PUC-Rio, explica, em entrevista ao especial de Educação do jornal O Globo, que o estudante terá mais tempo para se dedicar ao que gosta e ao que pretende seguir no futuro.
“Uma das principais novidades é em relação aos itinerários formativos, que são conjuntos de aulas e atividades oferecidos pela escola e referentes às áreas de conhecimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O aluno terá estudado o básico e terá a oportunidade de analisar o que quer fazer. Se quiser seguir carreira na área de engenharia, por exemplo, poderá escolher um itinerário com matemática e física. O estudante não precisará, obrigatoriamente, já saber a profissão que quer, mas deverá ter uma área de interesse, como humanas ou exatas”, diz Andrea.
Mais flexibilidade para os alunos
A educadora Andrea Ramal acha que a mudança no Ensino Médio possibilitará a desburocratização do ensino. Para ela, é compreensível que, neste primeiro momento, docentes, responsáveis e alunos fiquem temerosos com as mudanças. E destaca a importância que a família também tem nesse caminho.
“É necessário desburocratizar o ensino e flexibilizar a educação para atender aos mais diversos perfis e modalidades de aprendizagem. As famílias também têm papel fundamental nesse novo processo da vida escolar dos jovens. É preciso criar espaços e tempos de diálogo com os filhos, mostrando suas possibilidades de escolha, avaliando seus interesses e, consequentemente, orientando nas escolhas”, reforça a educadora.
Se você se interessa pelo universo educacional e deseja saber mais, então não pode perder o artigo Globo comunidade: Quatro em cada dez jovens não concluíram o Ensino Médio, no qual a doutora em Educação Andrea Ramal discute o atual panorama do Ensino Médio brasileiro.
“Uma das principais novidades é em relação aos itinerários formativos, que são conjuntos de aulas e atividades, oferecidos pela escola, referentes às áreas de conhecimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O aluno terá estudado o básico e vai ter a oportunidade de analisar o que quer fazer. Se quiser seguir carreira na área de engenharia, por exemplo, poderá escolher um itinerário com matemática e física. O estudante não vai precisar, obrigatoriamente, já saber a profissão que quer, mas deverá ter uma área de interesse, com humanas ou exatas”, diz Andrea.
A educadora Andrea Ramal acha que a mudança no ensino médio possibilitará a desburocratização do ensino. Para ela, é compreensível que, neste primeiro momento, docentes, responsáveis e alunos fiquem temerosos com as mudanças. E destaca a importância que a família também tem neste caminho.
“É necessário desburocratizar o ensino, flexibilizar a educação para atender aos mais diversos perfis e modalidades de aprendizagem. As famílias também têm papel fundamental nesse novo processo da vida escolar dos jovens. É preciso criar espaços e tempos de diálogo com os filhos, mostrando suas possibilidades de escolha, avaliando seus interesses e, consequentemente, orientando nas escolas”, reforça a educadora.
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