No Escola da Vida, a educadora Andrea Ramal fala sobre como os pais e professores podem agir com os filhos e alunos em relação ao noticiário pesado dos últimos dias. Assuntos como coronavírus e enchentes no Rio de Janeiro estiveram em pauta.
“É papel dos pais tranquilizar e transmitir segurança para os filhos”
“Vivemos, hoje, uma verdadeira histeria mundial com o coronavírus, até por ser uma doença de fácil transmissão. Todos estão muito nervosos e as crianças percebem isso. Nesses casos, é papel dos pais tranquilizar e transmitir segurança para os filhos. Até o momento, percebemos que o poder letal do vírus é pequeno. Percentualmente falando, claro! É importante comentar com as crianças que elas já tiveram gripe, resfriado e febre, e enfrentaram naturalmente. Expliquem para seus filhos que, se acontecer na sua casa, vocês vão encarar com responsabilidade e que não precisam ficar angustiados ou ansiosos”, aconselha a educadora.
“A doença pode ser uma oportunidade de estimular autonomia e protagonismo”
“O coronavírus é também uma oportunidade para transmitir valores sobre educação. Os pais nunca devem dizer frases como: ‘Vamos torcer para que a gente não tenha esse vírus’. Isso gera uma mentalidade passiva diante das situações. A doença pode ser uma oportunidade de estimular autonomia e protagonismo. Ensine a seus filhos o que fazer para evitar propagar a doença. Explique que ele deve lavar bem as mãos e ter hábitos de higiene, e não deve compartilhar comidas ou bebidas entre diversas pessoas. É um momento de usar o cotidiano para formar conhecimentos e atitudes”, aconselha Andrea.
O papel das escolas
“Cabe às escolas também conscientizar os alunos. Os colégios devem utilizar os fatos do dia a dia e relacioná-los com as disciplinas escolares, bem como trazer a realidade para dentro da sala de aula. É importante falar também das fake news. Muitas notícias falsas sobre o coronavírus estão circulando entre adultos, adolescentes e crianças. A escola também tem esse papel de ensinar a fazer uma leitura crítica das informações, checar os dados e não propagar mentiras pelas redes”, destaca a especialista.
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