Cinco milhões fizeram as provas do Enem neste domingo. FOTO: Agência Brasil

Fonte: CBN

No ‘Escola da Vida’, a educadora Andrea Ramal analisa as mudanças apresentadas no Exame Nacional do Ensino Médio de 2019 em relação aos anos anteriores. A comentarista da CBN Rio afirma que a prova teve menos questões sobre o dia a dia e resoluções interpretativas. Os estudantes Rodrigo Sá e Ludmila Cardoso fizeram o exame e comentaram as experiências que tiveram este ano. “Quem estava acostumado a resolver questões de matemática por lógica não se deu bem”, afirma Rodrigo.

“Achei a prova muito elaborada. Essa é, inclusive, uma característica das provas do ENEM. O exame costuma dosar muito conteúdo, mas também muita análise de competência de habilidades. Nesta edição, senti a prova um pouco mais focada no conteúdo do que nestas competências e com menos texto e enunciados menores com relação às provas anteriores. Com isso, foi necessário menos interpretação de texto e mais conteúdo. Era imprescindível saber o que é absolutismo para responder determinada questão, o que é eletroquímica para responder outra. Era necessário, ainda, montar uma cadeia de elementos químicos. O candidato que se baseia apenas nas competências, aquele que lê muito e que sabe interpretar bem os textos conseguia, em provas anteriores, resolver algumas perguntas apenas pelo conhecimento e bagagem cultural. Este ano, o aluno que não estudou e não sabe certas matérias não conseguiu resolver algumas questões. Esta é a tendência para os próximos anos, ou seja, uma prova mais técnica e mais focada em conteúdo. Por outro lado, o Enem não vai abrir mão das questões do dia a dia. Este ano, vimos isso na questão, por exemplo, sobre a cozinheira que salgou muito a comida e usou batata para dessalgar. A prova perguntava, então, qual era a reação química que fundamentava isso. Em suma, a prova vai seguir elaborando questões do dia a dia, porém questionando se o estudante sabe o fundamento e conhece bem o conteúdo.

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