Fonte: Jornal das 10h, Globonews. 08 de fevereiro de 2021.

Em entrevista ao Jornal das 10h, na GloboNews, a educadora Andrea Ramal falou sobre a adoção do modelo híbrido no ano letivo: “é uma grande interrogação. Não tivemos qualquer mudança com relação às condições de acesso à internet para os estudantes da rede pública. Em 2020, poucos conseguiram assistir às aulas online. E os próprios professores não contavam com a preparação necessária para pensar as aulas neste modelo. Isso porque nada mudou em relação à democratização de acesso”, destacou a especialista.
No entanto, Andrea Ramal ressaltou a importância do conteúdo apresentado aos alunos: “a educação é mais do que conteúdos: a escola já vinha em um movimento muito interessante em relação às competências socioemocionais e isso precisa ser trabalhado no modelo online e no ensino híbrido. Mas esse caminho requer técnicas específicas e os professores precisam ser continuamente capacitados.”

Sobre o sistema de “rodízio”, com um grupo de alunos no modelo presencial por dia, Andrea Ramal concorda que é uma solução melhor do que manter o ensino apenas no formato online. “O modelo híbrido, em que apenas parte dos alunos ficará na escola representa o que chamamos de a educação do futuro. O ideal é que os estudantes tenham recursos em casa, o que não é o caso de muitas crianças e jovens em nosso país, mas é um objetivo a se perseguir. E, claro, o sucesso da iniciativa depende também da capacitação das famílias. O envolvimento delas neste momento será decisivo para que o modelo funcione” concluiu a doutora em educação pela PUC-Rio