Os mediadores ajudam crianças com necessidades especiais na integração com outros estudantes

As férias estão acabando e as crianças se preparam para a volta das aulas. E, de repente, os pais recebem a notícia que as crianças não precisam voltar à escola porque faltam professores para as classes especiais de unidades do município do Rio de Janeiro. Segundo reportagem do RJTV 1ª edição, uma das escolas com problemas é  o  CIEP João Batista dos Santos, na Cidade de Deus.

A educadora Andrea Ramal alerta que é errado formar turmas apenas por alunos com necessidades especiais. O ideal é que essas crianças frequentem as aulas normais e contem com a ajuda de mediadores. “Uma escola não pode separar os alunos especiais e criar turmas somente para eles. Isso é contra a legislação e contraria as tendências mundiais. É preciso contar com mediadores, fundamentais porque auxiliam a criança tanto na compreensão do que foi dito pelo professor, na execução das atividades e em uma série de outras coisas que estão associadas ao aprendizado”, explica.

Mas a falta de mediadores é um outro problema! Segundo pais de alunos ouvidos pela reportagem do RJTV, o contrato com a Prefeitura do Rio de Janeiro acabou e algumas crianças já estavam fora da escola bem antes das férias. A Defensoria Pública já está atenta ao problema. Segundo o defensor público Pedro González, os pais devem procurar a direção da escola ou o responsável pela CRE em busca de uma solução. Caso não sejam atendidos, esses pais devem acionar a Defensoria Pública.

“Todos ganham com a inclusão! Tanto o aluno especial, que consegue se desenvolver mais e se integrar ao mundo real, como também as crianças das turmas regulares que aprendem sobre convivência, tolerância e respeito. A escola não pode mais chegar para os pais e dizer que não leve mais o filho para as aulas. O poder público precisa criar condições para atendimento a todas as crianças, inclusive as especiais”, ressalta Andrea Ramal.

A Secretaria Municipal de Educação do Rio disse que os alunos não vão ficar sem mediadores e que está trabalhando para manter os 2000 profissionais da rede.