A volta às aulas marcada para o dia 3 de agosto nas escolas particulares do Rio, determinada em decreto do prefeito Marcelo Crivella, ainda é motivo de polêmica para pais, especialistas e até mesmo entre a prefeitura e o governo do Estado.
Após o governo do estado publicar nesta quarta-feira (22) novas regras no Diário Oficial e suspender todas as aulas até o dia 5 de agosto, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que o decreto da prefeitura é inconstitucional e que vai acionar a Procuradoria do Estado para entrar com uma ação na justiça.
O Governo do Estado afirmou que a Prefeitura não é a responsável pela retomada nas aulas do ensino fundamental e médio na rede privada e que isso cabe à Secretaria Estadual de Educação. O governo também diz que as escolas só vão voltar a funcionar com a bandeira verde, que indica risco muito baixo de transmissão da Covid-19. O estado está neste momento em bandeira laranja – risco moderado.
Disparidade de ensino entre alunos das redes pública e privada
A especialista em educação Andrea Ramal diz em entrevista ao RJ1, da TV Globo, que a volta às aulas apenas nas escolas particulares agrava outro problema: a desigualdade na educação.
“A volta às aulas para os alunos de escolas particulares vai ser uma continuação do estudo online que já estava acontecendo nas suas casas. Já nas escolas públicas, houve efetivamente uma paralisação. Poucos conseguiram acessar as aulas online e poucos professores tinham recursos e capacitação para fazer o ensino nessa modalidade”, argumenta.