
Estudantes em uma sala de aula. Foto: Free Images
No ‘Escola da Vida’, a educadora Andrea Ramal fala sobre prova final, recuperação e reprovação. O período de fim de ano preocupa muitos pais e alunos. A Doutora em Educação pela PUC-Rio explica que quem mais sofre com a reprovação é o próprio estudante.
“O final do ano é uma época tensa nas famílias. Além da prova final, tem a recuperação e a reprovação. Muitos pais se perguntam se ainda existe solução para alunos pendurados em duas, três ou quatro disciplinas. Acredito que ainda há jeito, sim. No entanto, penso que, nesta hora, o importante não é passar de ano, e sim perceber que o aluno vai para o ano seguinte, caso seja aprovado, com diversas lacunas de aprendizados. Isso porque o aluno não consegue recuperar em 15 dias o conteúdo de um ano inteiro. O estudante, na verdade, aprende o mínimo necessário para fazer a prova e passar raspando de ano. Mesmo avançando para a série seguinte, o estudante precisa ter em mente que precisa suprir aquelas lacunas que deixou passar para que não virem uma bola de neve”, ressalta a educadora.
Hoje, a reprovação é uma medida muito criticada na educação moderna. Sendo assim, existem colégios que adotam o sistema chamado de dependência. Nele, o aluno que não passou em uma disciplina, passa de ano, porém continua fazendo uma espécie de recuperação paralela. Este modelo tem funcionado bem em outros países. Apesar de o Brasil ainda não adotar de maneira generalizada, o modelo deveria ser considerado. Na escola pública, principalmente, a reprovação é uma das grandes responsáveis pela evasão. Para evitar esse problema, temos que fazer o máximo para o aluno fique com a gente e recupere o tempo perdido”, comenta a especialista.
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