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Fonte: Escola da Vida, Rádio CBN. 17 dez. 2020

A pandemia, com o fortalecimento do modelo de ensino a distância e o fim das aulas presenciais, deixou as escolas particulares em um dilema. Por conta da crise sanitária, muitos pais perderam seus empregos ou tiveram redução salarial. Com menos recursos, as famílias buscam reduzir despesas e tentam renegociar com seus fornecedores, como as escolas dos filhos. A educadora Andrea Ramal, durante o Escola da Vida, da CBN Rio, destacou que as mensalidades representam um peso real para as famílias. “Nós sabemos que a situação não está fácil, mas é preciso entender que as escolas particulares precisam se manter principalmente porque cumprem um papel social, o de garantir liberdade de opção a pais e filhos. As instituições de ensino particular, em um momento dramático, como o que vivemos, passam por uma crise sem precedentes. Muitos pais não querem que seus filhos tenham aulas presenciais com medo da contaminação e, com isso, reivindicam a redução no valor da mensalidade. É uma situação complexa, mas, apesar de todos os argumentos, as escolas vão precisar se repensar”.

Segundo Andrea Ramal, é provável que seja necessária a redução de tamanho das escolas particulares, com a consequente revisão dos serviços oferecidos. “É um dilema! As famílias não conseguem mais pagar mas mensalidades, mas, ao mesmo tempo, não podemos permitir que as escolhas fiquem sem recursos para funcionar. Assim, é fundamental que, neste momento, seja efetivada a parceria família-escola”, finaliza a especialista.