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Fonte: Universa Autora: Jacqueline Elise

 

No último dia 30 de abril, uma adolescente de 17 anos foi encontrada morta em sua casa, em Guarujá do Sul (SC). A polícia suspeita que ela tenha morrido asfixiada tentando cumprir o chamado “desafio do desodorante”, que circulou na internet.

O “desafio do desodorante” não é novo –em 2018, uma menina de 7 anos morreu por causa dele–, mas voltou a circular na internet um ano depois. Especialistas explicam por que os casos costumam se repetir e como prevenir que os filhos participem de atividades perigosas como essas. 

Exposição na internet e “cobrança” incentivam jovens

Andrea Ramal, educadora, escritora e consultora em Educação e Doutora em Educação pela PUC-Rio, explica que, apesar desses “desafios” não serem exatamente novidade para os jovens, a internet se torna um agravante graças à exposição do adolescente ao conteúdo e ao fato da exposição online.

“Agora, a graça para eles é gravar o desafio e postar na internet. No caso de adolescentes, é normal que eles tenham menos percepção do perigo e do autocontrole. Ele se sente forte, ainda não encarou as fragilidades da vida adulta. Assumir um risco como esse traria, na cabeça do jovem, a admiração dos outros e evitaria o bullying. O papel dessa plateia que assiste e incentiva essa comportamento é muito nocivo”. 

Sem pânico ao tratar o assunto

“Os pais precisam trazer essa discussão para dentro de casa falando sobre como o filho não precisa se deixar levar pelo que todo mundo faz. Não é porque um youtuber mostrou algo na internet que está certo, e as crianças e jovens precisam saber avaliar isso”, diz Andrea.