Fonte: CBN

 

No ‘Escola da Vida’ do dia 14 de março, a educadora Andrea Ramal comentou sobre o massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, São Paulo.

Desdobramentos e traumas que o crime pode provocar em toda a sociedade brasileira

“O trauma não é só para a comunidade envolvida na tragédia da escola de Suzano. É para meninos e meninas em salas de aula de modo geral. O momento agora é de ouvir os alunos, deixar que desabafem, bem como conversar sobre o ocorrido. Isso vai acontecer em muitas outras escolas. No caso do massacre de Realengo, vimos como alunos, educadores e pais de outros colégios também foram afetados. Por isso, não é possível ter aula normal hoje. Os professores precisarão lidar não com a matéria, como todos os dias, mas sim com a emoção. É o momento de os professores trabalharem as competências socioemocionais dos alunos”, comenta a especialista. 

Peso do bullying na vida de nossas crianças

“Quantas mortes serão necessárias para que o bullying seja realmente levado a sério? Não estamos afirmando que os assassinos atacaram a escola porque sofreram bullying. Evidente que não! Sabemos que o bullying não transforma uma pessoa em psicopata, além disso percebemos, nesse caso, a partir de uma série de fatores, que são mentes perturbadas. Entretanto, o bullying pode ser mais um fator de agravamento, já que promove diferentes níveis de dano psicológico ao indivíduo. Realmente precisamos levar o bullying mais a sério! Precisamos conversar sobre o tema nas escolas, avaliar se existem alunos reagindo mal às brincadeiras de mau gosto e se fechando, analisar se os estudantes parecem deprimidos. Os pais e os professores precisam ficar mais atentos!”, alerta a educadora.