No ‘Escola da Vida’, a educadora Andrea Ramal falou sobre o ensino da Matemática nas escolas. O quadro contou com a participação da professora Márcia Cezar de Queiroz, que dá aulas na Faetec de Quintino apostando no ensino lúdico para diminuir a resistência ao estudo da Matemática.
Matemática como bicho de sete cabeças
“A matemática é vista como um bicho-papão. Nunca vemos uma pessoa falando: “Nossa, sou tão ruim para ler e escrever, sou quase um semianalfabeto”. Entretanto, muitos acham engraçadinho falar que é ruim em matemática. Isso acontece porque tratamos a matemática como se fosse um dom. Na verdade, não é assim. Somos capazes de aprender matemática e a aprendizagem depende muito do método usado”, comenta a educadora.
O ensino conectado com a vida
“Nas nossas escolas vigora um método muito abstrato, como por exemplo, descubra o valor de x numa equação complexa ou calcule o MMC. Frequentemente, as crianças se perguntam por que aprendem certos cálculos e o que significam as fórmulas na prática. E, na verdade, a matemática está no nosso dia a dia o tempo todo. Portanto, o segredo é aproximar a disciplina da rotina diária, como por exemplo, quantos centímetros cúbicos choveu, como planejar o orçamento da família e fazer com que o salário dure ate o final do mês e comparar os preços dos produtos no supermercado”, aconselha a especialista.
Andrea acrescenta que a Matemática deveria ser ensinada como um desafio. “Existem muitos professores que já usam outros métodos, trazendo a Matemática para perto da vida, fazendo atividades mais divertidas e assim entusiasmando os alunos para se apaixonarem por essa área tão necessária”, conta.
Olimpíada Brasileira de Matemática
“Sempre indico que os pais e as escolas estimulem a participação dos estudantes na Olimpíada Brasileira de Matemática. A competição é um grande encontro que mostra como a disciplina é divertida. Premiar crianças e jovens com medalhas é também um ótimo incentivo para que o aluno continue estudando”, ressalta Andrea.