
Fonte: Pais e Filhos,
Esse artigo tem como meta discutir acerca da origem e dos prós e contras do homeschooling. A partir de um caso concreto de uma estuande de Sorocaba que foi aprovada na Universidade de São Paulo, mas não pôde se matricular no curso desejado por ter optado pelo homeschooling, buscaremos entender as vantagens e desvantagens dessa prática educativa.
Uma estudante de Sorocaba, no interior de São Paulo, foi impedida pela Justiça de cursar uma faculdade por ter optado pelo homeschooling. Elisa de Oliveira Flemer, de 17 anos, foi aprovada na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), mas, sem o diploma do ensino médio, não pôde se matricular.
A estudante, aprovada também em uma faculdade particular e que conquistou quase mil pontos na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alcançou, recentemente, o quinto lugar no curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica da USP, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). No entanto, o resultado não foi recompensado. Afinal, em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela proibição do ensino domiciliar.
As origens do homeschooling
Segundo a educadora Andrea Ramal, o homeschooling surgiu em outros países para atender à demanda de pais que não estavam satisfeitos com o ensino aplicado nas escolas públicas e privadas. Estados Unidos, Espanha, Chile e Finlândia são alguns dos países adeptos da prática, mas a maioria tem exames para controlar o avanço acadêmico dos alunos.
Problemas do homeschooling
Apesar do sucesso acadêmico de Elisa, a educadora também destacou possíveis problemas de estrutura que não tornam viável o homeschooling no Brasil:
“Há risco de que, dentro de casa, a criança não desenvolva o ritmo necessário para estudo. Imagina que, hoje, seu filho fica na escola por, no mínimo, seis horas e meia desenvolvendo trabalhos acadêmicos. Como os pais conseguiriam aplicar isso em casa? Preocupamo-nos também com os pais displicentes que vão deixar a educação escolar dos filhos em segundo plano”, argumenta.
Se você se interessa por métodos e práticas educacionais, então você não pode perder o artigo “Escolas cívico-militares não são solução para a falta de qualidade de ensino”, em que a educadora Andrea Ramal discorre sobre os limites do modelo cívico militar de educação.
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