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Fonte: Agência UVA Autora: Ana Carolina Aguiar

De acordo com a doutora em educação Andrea Ramal, as famílias que são adeptas desse método de ensino, enxergam obstáculos nas modalidades convencionais de educação. “Para eles, em vez de estimular, a escola inibe a criatividade, não forma pessoas empreendedoras e desestimula o interesse de aprender, com sua didática obsoleta e conteúdos distantes da realidade”, exemplifica. Apesar disso, ela não acredita que o homeschooling seja a melhor alternativa. O diálogo é fundamental, por mais firmes que sejam as convicções dos pais.

Funciona no Brasil?

Referente a regulamentação, ela acredita que a prática tenha mais chances de funcionar de modo efetivo em famílias que tenham uma formação acadêmica e cultural mais sólida. “Essa é uma questão que preocupa porque, no Brasil, não temos toda a população com uma boa formação acadêmica para definir, por exemplo, currículo, organização dos estudos e correção de redação. É arriscado e a criança pode sofrer ao não receber todo conteúdo que precisará para usar no futuro”, conclui.

Benefícios do homeschooling

A educadora também ressalta que existem instituições que possuem modelos educacionais antenados com a atualidade e que são capazes de serem parceiras na educação das crianças. Ela vê a personalização da educação como um dos benefícios da prática, em que a criança segue um currículo formal, mas também recebe ensinamentos sobre outros conteúdos. No entanto, Andrea afirma que é necessário ter muita disciplina e contar com pessoas que possuam uma formação qualificada.