Rio – Por causa dos frequentes confrontos no Jacarezinho, 15 escolas foram fechadas por tempo indeterminado na comunidade e nos bairros do entorno, na Zona Norte do Rio. No entanto, a decisão da Secretaria Municipal de Educação causou debate entre especialistas na área. Segundo a coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), Doroteia Santana, a medida atinge a perspectiva dos alunos e também das famílias.
“É um debate muito espinhoso. Já fui diretora de um Ciep na Cidade de Deus e constantemente passava por essas situações de risco. A nossa grande preocupação é: como será feito o atendimento a esses alunos? O que fazer nessa situação?”, questiona a professora.
Doroteia explica que a frequência dos estudantes nas aulas costuma diminuir após tiroteios e operações policiais na favela. Com isso, para ela, haverá uma evasão escolar quando os colégios forem reabertos.
“As famílias costumam buscar outras alternativas e vão embora. Entendo que estamos fechando por medida de segurança. Mas, então, qual será a alternativa? A escola ainda é a referência para muitos alunos”, destaca a professora, lembrando que o sindicato se reunirá com o secretário municipal de Educação, Cesar Benjamin, no dia 5 de setembro.
De acordo com a consultora em Educação Andrea Ramal, a situação pode ser de forma positiva ao ser analisada isoladamente, já que pretende não colocar os alunos e professores em risco. No entanto, ela reforça que é preciso de uma estrutura para que os jovens não percam o ano letivo. […]