Há relatos de ataques a professores em escolas pelo país. Foto: Freeimages

Fonte: CBN

 

No ‘Escola da Vida’ do dia 6 de junho, a educadora Andrea Ramal repercute o alto índice de mestres que relatam agressões verbais, físicas e psicológicas no ambiente escolar.

Agressões contra professores

“Existe um ranking feito pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que revela que o Brasil ocupa o primeiro lugar no número de agressões a professores. Segundo o levantamento, em alguns países 3% dos professores relatam alguma agressão – essa taxa é a media dos países analisados. Na Coreia do Sul, por exemplo, a taxa é de 0%, isto é, nenhum professor relatou já ter sido agredido. No Brasil, ao contrário, 12% dos professores relataram agressão, que podem ser verbais, de intimidação ou até mesmo agressão física, como temos visto nos últimos dias. É preciso avançar e mudar essa realidade. A quantidade de agressões é um sinal do colapso social que o país vive”, comenta a educadora.

Educação em casa

“A educação começa em casa. É preciso que os pais deem limites para seus filhos. Educadores e psicólogos contemporâneos concordam que muitos responsáveis dão poder demais para os filhos. Nunca dizer ‘não’ e fazer todas as vontades de crianças e adolescentes resultam em pessoas que querem todas as suas exigências e caprichos atendidos. Existem crianças, inclusive, que chegam a controlar psicologicamente os pais e essa atitude pode até culminar em agressões físicas contra eles. Quando este aluno que não tem limites em casa chega à escola e o professor pede para fazer um trabalho que exige estudo ou não permite conversas na hora da aula, ele se revolta”, relata a Doutora em Educação pela PUC-Rio.