Fonte: Como Será?

 

A educadora Andrea Ramal participou do podcast #engajadxs, do programa Como Será?, da TV Globo. A Doutora em Educação pela PUC-Rio deu dicas de como as escolas podem estimular os alunos a desenvolverem projetos sociais. Quais ações podem incentivas o protagonismo de crianças e adolescentes? Como o trabalho voluntário ajuda no desenvolvimento dos estudantes? Como tirar do papel e colocar em prática a ideia de um projeto social? Ouça a conversa e fique por dentro!

Papel da escola

“Esse engajamento social deve ser estimulado na escola. O colégio não pode ensinar apenas Português, Matemática e Ciências. Cabe dentro do currículo e todos os professores são responsáveis por estimular essa participação social. Nas aulas de Português, por exemplo, o mestre pode passar textos que façam os alunos refletirem sobre as relações pessoais, sobre o lugar do ser humano no mundo. Uma disciplina muito adequada para isso é a de História. O professor pode ajudar os alunos a ler a História de maneira mais crítica, mostrando como nossa sociedade se formou de maneira a excluir os mais oprimidos e a favorecer poucas pessoas. E ajudar os estudantes a perceberem que isso não é um fato consumado. As crianças e os jovens têm um papel nessa transformação social. E este papel começa pela ação de cada um, no círculo mais próximo, na comunidade, às vezes até mesmo na própria família e na escola”, ressalta a especialista.

Protagonismo juvenil

“A primeira ação que a escola pode desenvolver é propiciar oportunidades para que crianças e adolescente se sintam realmente autores, protagonistas do mundo em que vivem. É necessário escutar os alunos, algo simples, inclusive. Os estudantes podem ter ideias de projetos sociais que gostariam de criar. Muitos alunos propõem, são autores de novos projetos sociais diante de realidades que os incomodaram. As escolas podem ainda ajudar estimulando a participação política, como no caso dos grêmios estudantis, em que os alunos possuem um lugar no conselho de classe e na tomada de decisões. Os colégios também podem chamar os pais para participarem e darem sugestões e opiniões. Esses tipos de escolas têm na veia a vivência democrática e participativa”, comenta a educadora.