A doutora em educação, Andrea Ramal foi entrevistada pelo RJTV 1a Edição, e analisou a necessidade de profissionais para apoio escolar e a triste realidade de carência desses profissionais na rede pública do Rio de Janeiro. 

 

Em alguns casos, quem cuida do acompanhamento desses alunos com necessidades especiais são os próprios responsáveis, muitos deles sem qualquer qualificação pedagógica para desempenhar a função. 

 

Por uma escola acolhedora

 

Ser estudante é uma fase da vida repleta de desafios. Conseguir se formar e passar para uma faculdade é uma tarefa difícil, e essa dificuldade é redobrada quando o aluno possui algum tipo de deficiência. Por isso, o portador de necessidade especial precisa de um mediador. Somente nesses casos a escola se transforma em um espaço de ensino e acolhimento. 

 

Não é favor, é direito

 

Desde 2015 a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência garante ao portador de necessidades especiais um profissional de apoio escolar, o qual é responsável pela alimentação, locomoção e higiene desses alunos, em todos os níveis e modalidades de ensino, tanto na rede pública como privada. 

 

Segundo Andrea Ramal, “a inclusão dos estudantes com deficiência nas salas de aulas regulares é uma lei que vem sendo cumprida só pela metade. Porque não adianta jogar o estudante com deficiência na sala de aula, exigindo do professor titular algo que ele não foi capacitado para fazer”. 

 

Para a educadora, ao assumir esse tipo de comportamento com alunos com algum tipo de deficiência, “as escolas estão reproduzindo uma sociedade desigual, injusta e excludente. Quanto mais você inclui todas as individualidades e forma uma sala de aula com diversidade, mais capaz o seu aluno será de formar uma sociedade diferente, onde todos exerçam os seus direitos”.

 

Se você gosta e acompanha o trabalho da educadora Andrea Ramal, então não pode deixar de ler o artigo Congresso debate preparação dos professores, que preparamos especialmente para você.