Projeto UniFavela, do Complexo da Maré. Foto: Reprodução/ Instagram UniFavela

Fonte: CBN

 

No ‘Escola da Vida’, a educadora Andrea Ramal falou da dificuldade de estudantes concluírem o ensino médio e entrarem no ensino superior. O quadro contou com a participação de Isabela de Freitas Nunes, professora de Matemática e organizadora da UniFavela, pré-vestibular comunitário. A iniciativa ajuda alunos da comunidade Nova Holanda, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a ingressarem em universidades públicas. Todos os alunos da primeira turma passaram para universidades públicas do RJ.

Cenário brasileiro 

“Apesar do aumento das matrículas no ensino superior, o cenário brasileiro ainda revela que poucas pessoas são formadas. Dos jovens acima de 25 anos, ou seja, a parcela adulta da população brasileira, apenas metade concluiu o ensino médio. Hoje, só 14% dos brasileiros possuem diploma de ensino superior. Atualmente, existe um grande contingente de pessoas com baixa qualificação, sendo uma mão-de-obra muito barata, que só pode atuar em funções operacionais. Por conta disto, o Brasil ainda é muito dependente da indústria estrangeira e da inovação que vem de fora. Quanto mais pessoas terminarem o ensino médio e, principalmente, derem prosseguimento a uma carreira, seja técnica ou de nível superior, melhor. É uma conquista não só para a pessoa e a família, mas também para o Brasil”, comenta Andrea.

Universidade pública

“A universidade pública é o grande sonho do jovem. Além de não haver custo, oferece acesso a estruturas muito boas, como atividades em laboratório, campus com biblioteca. Estas instituições estão nas primeiras colocações das faculdades brasileiras. É uma pena, ultimamente, as federais sofrerem com falta de verba”, lamenta a especialista.

Importância dos pré-vestibulares 

“O Enem é uma prova complexa, interdisciplinar, em que o aluno precisa estar atualizado no que está acontecendo no mundo. Sendo assim, esses cursos pré-vestibulares ou preparatórios para o Enem representam um grande apoio para o estudante que, às vezes, não tem estrutura na escola, que não recebeu toda a formação que deveria, mas que tem garra e energia para correr atrás”, ressalta a educadora.