Fonte: rádio Sputnik Brasil
Em entrevista à rádio Sputnik, a educadora Andrea Ramal analisou as propostas para a lei orçamentária para 2021 e os recursos destinados à educação. Recebendo R$ 19,955 bilhões, mais do que se especulava, o Ministério da Educação acabou adquirindo mais recursos que o Ministério da Defesa.
“Acredito que ainda mais importante que o volume de recursos é a forma que será gerenciada, onde será aplicada e quais resultados trará. Isso tem a ver com gestão educacional. Existem muitos estudos comparativos com outros países que mostram que o Brasil não gasta pouco, mas mal. A pandemia deixou claras as desigualdades e mostrou quantos estudantes não tinham computador ou acesso à internet, o que indica, para os próximos anos, a necessidade de um plano de democratização do acesso às aulas online para todos os estudantes brasileiros. Isso requer planejamento e verba, mas também controle de metas, divisão de responsabilidade, monitoramento e assim por diante”, explica a educadora.
Houve, no entanto, uma redução de 8,61% no orçamento comparado ao de 2020. Segundo Andrea Ramal isso se deve principalmente ao agravamento da crise econômica. “A educação precisa ser considerada como um dos pilares fundamentais do país. Programas consistentes na área educacional são imprescindíveis para construir um país diferente”.