Fonte: G1Autora: Andrea Ramal

Estudei parte da formação básica no Colégio Sion. A instituição, que no passado aceitava apenas meninas, na minha época já era misto. Ainda assim, na turma ainda havia poucos meninos. Tínhamos uma convivência saudável e divertida. Com o passar dos anos, o colégio superou a imagem de ser “só para moças” e as turmas ficaram cada vez mais heterogêneas, acompanhando o movimento educacional de estimular o convívio com as diferenças.

Na contramão dessa linha, nos últimos anos a tendência de separar turmas por gênero vem ganhando força. Existem experiências em diversos países: EUA, Israel, Alemanha, Espanha, para citar alguns. A discussão chegou ao Brasil, acompanhada de casos concretos – como por exemplo o Colégio Porto Real, na Barra da Tijuca, que adota essa prática pedagógica.

À primeira vista, o modelo parece anacrônico. Quem o defende, entretanto, tem seus argumentos, sobretudo com base na diferença cognitiva de meninos e meninas, nas diversas etapas do desenvolvimento. Há pesquisadores que garantem que os garotos têm mais aptidão para a matemática e ciências, enquanto que garotas se saem melhor em leitura e linguagens.[…]