Sala de aula da rede estadual do RJ. Foto: SEEDUC
A Secretaria de Educação decidiu implementar medidas para coibir a violência em escolas do Rio. Entre elas, a ampla utilização de PM´s armados em instituições de ensino. No ‘Escola da Vida’ do dia 21 de março, a educadora Andrea Ramal e a mestre em Educação, Tania Zagury, comentam essas propostas e o que as motivou: o massacre na escola de Suzano.
Paz nas escolas
“Preocupa-me esta questão de curto prazo. Não existe um projeto de educação para a paz nas escolas. Uma medida importante é orientar os jovens a lidar com conflito, ensinar a construir uma relação harmônica de tolerância e de respeito entre as pessoas”, alerta a educadora Andrea Ramal.
Capacitação dos professores
Para a Doutora em Educação pela PUC-Rio, também é preciso preparar o professor para as ameaças disseminadas na internet. “Também sinto falta de uma iniciativa de capacitação dos docentes para lidar com ameaças que aparecem na internet e saber envolver os alunos para que participarem da internet de maneira mais responsável. O que me preocupa é rotular a priori algumas atitudes antes de olhar a realidade da situação educacional de forma mais ampla”, ressalta a especialista.
Policiais nos colégios
“Precisa haver a formação específica dos policiais para atuarem no ambiente educacional. Óbvio que apoio as iniciativas ligadas à segurança, mas não posso deixar de registrar um pouco de preocupação, uma vez que temos no nosso imaginário a escola como um ambiente de paz, tranquilidade, brincadeira e aprendizado. E pensamos o que pode significar um policial armado dentro dos colégios. É importante que haja regras e processos muito claros, além da formação completa desses profissionais”, comenta a educadora.