Escola da rede municipal do Rio de Janeiro. Foto: reprodução

Fonte: CBN 

No quarto boletim ‘Escola da Vida’ do programa CBN Rio, da rádio CBN, a educadora Andrea Ramal comentou sobre a educação infantil no ensino público da cidade do Rio de Janeiro.

“Todos sabem a enorme importância que a educação infantil possui. Inclusive, existem pesquisas que revelam que aqueles que frequentaram uma boa creche ou pré-escola dificilmente apresentam problemas ao longo da vida escolar. É o momento de sociabilização, desenvolvimento, de aprender e de desenvolver capacidade motora”, ressalta a especialista.

Segundo a educadora, “é importante que tenhamos na educação infantil professores com ensino superior. É o que diz a lei. No entanto, o cenário é diferente no Rio de Janeiro. Primeiramente, faltam vagas. Sabemos que as creches não atendem toda a população. Outro problema é que faltam professores. Aí que existe a figura do agente de educação infantil, que é um profissional sem ensino superior e que apoia o professor no cuidado com a turma. Ao contrário do que acontece, esses profissionais não podem ser chamados de cuidador, babá ou berçarista. Ele é muito mais do que isso. Ele é também um educador. Não existe tanta diferença entre cuidar e educar. Tudo que você faz com uma criança tem um viés educativo”, explica.

A Prefeitura abriu concurso para um cargo recém-criado, de “Professor Adjunto de Educação Infantil”, com formação até o ensino médio. “Pagando quase a metade do que pagaria aos professores com ensino superior, o município empurra mais uma vez o problema e, além disso, desvaloriza os agentes de educação infantil em atividade”, comenta a educadora.

“Hoje a lei brasileira não permite que seja regente de turma, ou seja que assuma a responsabilidade de uma turma de crianças de zero a seis anos um professor sem ensino superior. Fica o alerta para os pais. Seu filho precisa estar com um docente com ensino superior. E aquela figura que tanto atende a criança, que é coeducador, que é o agente de educação infantil precisa ser valorizado”, alerta a Doutora em Educação pela PUC-Rio.