Fonte: G1Autora: Andrea Ramal

candidato que faz a redação do Enem copiando trechos que decorou de “redações-modelo” engana a si mesmo. A prova de redação existe para verificar competências como análise crítica, visão global, habilidade de argumentação, capacidade de propor soluções para problemas concretos. Isso será necessário na vida acadêmica e quem frauda o exame pode entrar no ensino superior sem os requisitos básicos. A cópia, verificada em diversos casos do Enem 2016, deve ser banida por estudantes, cursos preparatórios e, sobretudo, pelo MEC.

O MEC tem parte da culpa. Em primeiro lugar, ao propor temas genéricos demais, que se prestam a uma escrita com base em “templates”- modelos com estrutura já montada que facilitam a inserção de conteúdos.

Tanto é assim que muitas das redações nota mil chegam a decepcionar: se mudarmos certas palavras-chave no meio do texto (como preconceito, violência contra a mulher, ou o tema da vez), e trocarmos por outro, a redação até fica compreensível e aceitável. Com temas como “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil” e “Caminhos para combater o racismo no Brasil”, é bastante fácil preencher 30 linhas com fórmulas pré-fabricadas. […]