Fonte: G1Autora: Andrea Ramal

Enquanto protegia os estudantes no meio de um tiroteio no Complexo da Maré, uma professora foi baleada de raspão nesta segunda. Não é o primeiro caso. Este mês, outra professora foi baleada em Quintino e em abril foi a vez de uma auxiliar de creche no Jacaré. Em março, uma aluna de uma escola em Acari foi morta. É fato: ensinar e aprender no Rio se tornaram atividades de alto risco.

O incidente desta segunda ocorreu num dos Espaços de Desenvolvimento Infantil, que foram amplamente divulgados como “um novo conceito de educação”. Mas de que adiantam o espaço físico, a brinquedoteca, os materiais e livros, os professores preparados… num cenário de guerra?

Em 2016, o Rio de Janeiro teve somente 43 dias com funcionamento normal de todas as escolas. Nos demais, houve sempre pelo menos um colégio com aulas suspensas, por ficar em área conflagrada. Foram 115 mil estudantes com alguma suspensão do ritmo de estudo. Desde o início deste ano, o problema se agravou. […]