Fonte: Direcional Escolas Autor: Rafael Pinheiro

 

O desenvolvimento educacional desdobra-se, sob múltiplos aspectos, em movimentos, transitoriedades, (re)formulações e profundos debates que reverberam, de certa maneira, no cotidiano escolar – desde o Ensino Infantil até os últimos anos do Ensino Médio.

Dessa forma, transformam-se hábitos, diálogos, sensações, compartilhamentos, interações. Transformam-se, também, saberes, práticas, corpos, atitudes e uma série de sensações empíricas que o(a) jovem aprendiz recebe e, consequentemente, transmite nos campos familiares e sociais que transita. A partir desse fluxo, especialmente na contemporaneidade, avistamos metodologias, engajamentos e formações que transcendem os muros das instituições de ensino e integram mudanças socioculturais.

Nessa ótica, alterações significativas adentram o sistema educacional, como o atual processo de transição/implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que compreende as três etapas da educação básica: Infantil, Fundamental e Ensino Médio.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a Base é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos e alunas devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Dessa forma, estabelecendo conhecimentos, competências e habilidades, o cerne da Base direciona seu olhar para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade democrática e inclusiva.

GESTÃO ESCOLAR

Andrea Ramal, educadora, consultora e doutora em Educação (PUC-Rio), acredita que o papel do(a) gestor(a) educacional nessa adaptação da BNCC, é entender a instituição de ensino como um empreendimento. “É necessário desburocratizar o ensino, flexibilizar a educação para atender aos mais diversos perfis e modalidades de aprendizagem. O gestor também deve ser um líder a serviço da comunidade educativa”.

Dessa forma, mais do que um “chefe”, diz Ramal, ele é um dinamizador de boas práticas e de experiências pedagógicas inovadoras e de sucesso. “Existem formas de colocar a BNCC em prática: com atribuição de responsabilidades, definição de metas, processos, cronogramas e recursos. Se isso for feito, temos mais chances de começar as mudanças necessárias”.

BNCC DO ENSINO MÉDIO

A etapa do Ensino Médio da BNCC foi homologada em 14 de dezembro de 2018 e está organizada por áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas e sociais). A carga total será de 3.000 horas: 1.800 para as competências e habilidades da Base e 1.200 para os itinerários formativos, de acordo com a escolha do aluno em sua formação técnico-profissional. A previsão é que as mudanças entrem em vigor no início do ano letivo de 2020, formando as primeiras turmas em 2022. O Ministério da Educação (MEC) disponibilizou uma área em seu site com perguntas e respostas sobre as mudanças no Ensino Médio. Para conhecer essa área, acesse: www.portal.mec.gov.br