Cada vez mais jovens ficam fora da escola

Em 2017, segundo dados do IBGE, 25 milhões de jovens, entre 15 e 29 anos estavam fora das salas de aula. A necessidade de trabalhar ou de procurar um emprego foi o que mais tirou os estudantes das escolas. A partir do agravamento da crise econômica e do aumento do desemprego, cresceu também o número de jovens que nem estudam, nem trabalham. Segundo Andrea Ramal, Doutora em Educação pela PUC-Rio, as pessoas que querem retornar ao  mercado de trabalho já não são mais aceitas e também não conseguem mais voltar a estudar porque os anos foram passando e se matricular na série adequada ficou mais difícil.

A Pnad também oferece dados sobre os motivos dados pelas pessoas para não estarem estudando. Do total de pessoas nessa situação, 7,4% afirmaram que já haviam concluído o nível de esnino que desejavam. Mas os demais motivos tiveram respostas variáveis de acordo com o sexo

Ainda segundo os mais recentes números do IBGE, a taxa de analfabetismo é de 7%, ou seja, são 11 milhões e 500 mil pessoas. Segundo Andrea, essa situação coloca o futuro do Brasil em risco. Esses analfabetos são adultos, jovens e crianças que foram se perdendo ao longo do caminho, alguns reprovados até cinco vezes, que não tiveram aulas de reforço, recuperação paralela e que acabaram achando que frequentar a escola não era para eles.

“O estudo aumenta a autoestima. Por outro lado, a pessoa que não sabe ler, escrever ou interpretar um texto se sente excluída”, conclui Andrea Ramal.